13º salário: por que não investir em terrenos?

O ano tem sido atípico. A pandemia mexeu com antigos hábitos e prioridades. Quem planejava usar o dinheiro do 13º para fazer compras de Natal ou viajar nas festas tem a oportunidade de repensar gastos e investir as duas parcelas do benefício num bem durável e realizar, finalmente, o sonho da casa própria. Com planejamento e cautela é possível dar entrada num terreno e começar a construção de um imóvel sob medida. Geralmente, quitar a entrada do financiamento é a parte mais complexa para quem busca o sonho da casa própria. Com o 13º em mãos, é possível utilizar o dinheiro extra para esse fim e, dependendo, das suas economias, contribuir com um valor maior para diminuir o restante do financiamento. Depois disso, a próxima etapa é pensar no tipo de refúgio que atenderá às suas necessidades: tamanho total, número de quartos, banheiros, equipamentos para cozinha, divisão espacial, tratamento da área externa, material de construção etc. Com isso esboçado, é hora de organizar o orçamento, calcular quanto será necessário gastar mensalmente e o cronograma ideal para não estourar as despesas. Lembrando, que separar um fundo reserva para imprevistos nas obras é sempre recomendável. Outra coisa importante é não agir por impulso: analise as alternativas, a localização, sua capacidade de quitar as parcelas e, principalmente, o benefício que a decisão representará na sua vida e na de sua família. Não tenha pressa, o sonho é seu e merece, portanto, toda atenção. Mesmo que não possa iniciar a construção agora, o terreno é um investimento inteligente, de alta valorização e seguro.
Como não cair nas tentações de fim de ano?

Chegou a época do ano em que somos bombardeados de promoções e levados a consumir aquilo que precisamos, e aquilo que definitivamente não precisamos. Black Friday, Natal, Ano Novo e as férias são momentos de festividades com promoções que prometem ser imperdíveis. Os anúncios promocionais com o “espírito de compra” estão por todos os lados, o que torna um pouco difícil a tarefa de não dar ao menos uma “olhadinha” em algum produto, e isto não é um problema desde que, o seu consumo esteja sendo consciente. Este período traz promoções sedutoras e em muitos casos, a compra é feita por impulso e não por necessidade ou real vontade. De fato, promoções são muito bem-vindas e podem ser muito vantajosas. Mas é necessário um cuidado ao ver oportunidades de primeira que são de brilhar os olhos, mas que no fim, vão trazer uma possível dor de cabeça. De acordo com um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), foi levantado que seis a cada dez consumidores aproveitam essas ofertas para comprar por impulso. Devido à pandemia, o Brasil e o mundo passaram por grandes crises de emprego e econômicas, mas nem isso foi suficiente para fazer com que algumas pessoas, em especial as que têm dívidas ou estão com o orçamento no limite, evitassem fazer compras nas datas mais relevantes do calendário para o comércio. Sendo assim, não causa surpresa, os dados de um segundo estudo realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com a Offer Wise Soluções em Pesquisa, que afirma que o Natal deve movimentar R$38 bilhões na economia do país. Vamos lembrar que estamos vivendo um momento singular, portanto, ter responsabilidade financeira é imprescindível diante de um futuro que ainda parece tão incerto. É momento de pensarmos de forma racional, e entender que o consumo consciente precisa fazer parte da nossa cultura e do nosso dia a dia. E, se existe algo de bom nesta fase que estamos vivendo, é aprender sobre as reais necessidades e o supérfluo. Isso não quer dizer que não devemos comemorar e presentear, mas uma boa dose de parcimônia é fundamental para pisar em 2021 sem dificuldades financeiras. E para não cair em falsas promoções ou comprar impulsivamente, é importante seguir algumas dicas: Pesquise os produtos Estudando o produto que deseja em diversos lugares, é possível que consiga economizar, pois na maior parte dos casos, eles têm diferenças de preços de uma loja ou site a outro. Além disso, é importante estar atento a falsas promoções. Portanto, se já tem algo em mente que deseja comprar, pesquise tempos antes para ver se realmente vale a pena. Faça um balanço financeiro Você realmente está precisando daquilo? Vai comprometer o seu orçamento? É importante se questionar e colocar na balança suas necessidades, sua renda e se realmente é algo válido a se adquirir. Dê preferência pelas compras à vista e no débito Claro que depende da compra que se realiza, mas se for algo pequeno e que consiga pagar à vista e no débito, dê preferência. Isso porque, dessa forma, você não acumula dívidas para os próximos meses e deixa seu dinheiro livre para outras necessidades. Reflita o porquê de estar adquirindo o produto Muitas pessoas acabam comprando por impulso produtos que nem queriam, as promoções de fim de ano podem encher os olhos, mas fique atento e seja mais racional ao comprar, veja se precisa ou se realmente quer aquilo, para que não seja um gasto à toa que poderia ser utilizado em outras coisas mais relevantes. Se possível, poupe Talvez a tarefa mais difícil, ainda mais com a alta nos preços das despesas diárias e contas, mas de extrema importância, seja poupar. Poupe mesmo que seja o mínimo. Guarde R$5, R$20 ou R$100, pois esse dinheiro, mesmo que pouco, pode ser útil em uma emergência, por isso é importante ter uma reserva. Neste período mais que nunca é importante fazer uma reflexão sobre suas finanças, ainda mais em meio à crise de uma pandemia que está acontecendo. O cenário ainda não está dos mais favoráveis, portanto, toda análise da situação é importante. Dora Ramos é consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial.
Especialista orienta que renda extra seja usada como reserva financeira

Um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em outubro, mostrou que o Brasil encerrou o mês de setembro com um contingente de 13,5 milhões de desempregados, cerca de 3,4 milhões a mais que o registrado em maio. Isso representa uma alta de 33,1% no período. As consequências econômicas da crise sanitária instalada com a pandemia do novo coronavírus levanta o alerta de que é preciso estar preparado para as adversidades. Para o agente autônomo de investimentos, sócio da V Corp Capital, Marcelo Estrela, o Brasileiro já está demonstrando uma mudança estrutural em seu comportamento e diversificando seus investimentos. Para os 80 milhões de brasileiros que estão recebendo o décimo terceiro salário, a renda extra pode ser o primeiro passo para entrada nesse mercado, como forma de ter uma reserva financeira. “Acreditamos que o ensinamento foi generalizado. Nos últimos 12 meses quem deixou dinheiro na poupança perdeu para a inflação e quem aplicou na bolsa seguindo o índice Bovespa teve prejuízo. Nossa base de clientes aumentou consideravelmente nesse período, principalmente com pessoas em busca de nova assessoria”, explica Marcelo. Segundo ele, o Brasileiro está mais aberto a diversificar a aplicação do seu dinheiro e entende que a busca por mais rentabilidade pode ocasionar perdas. Prova disso é o aumento do número de CPFs inscritos na B3 que superou a margem dos 3 milhões em 2020, frente a pouco mais de 800 mil, registrados em 2018, e 1,6 milhões em 2019. Em Goiás, foram mais de 75 mil CPFs inscritos na B3. Estrela acredita que, influenciados pela baixa taxa de juros e a instabilidade econômica, cidadãos brasileiros têm feito uma revolução frente ao mercado de ações. Ao classificar por faixa etária, a maior fatia de investidores (33,7%) que possui entre 26 e 35 anos, acredita em uma mudança considerável em relação a anos anteriores. Houve também um trabalho forte de instituições especializadas em investimentos, como o Banco BTG Pactual, que disponibiliza uma variedade de conteúdos online, gratuitos e de altíssimo nível — além de uma gama de produtos bastante completa. Embora os números apresentados pela B3 sejam impactantes, vale lembrar que representam menos de 1% da população brasileira, o que para Estrela, demonstra o grande potencial que ainda pode ser explorado. A chegada do pagamento do 13º salário, por exemplo, pode ser outro propulsor. “A melhor dica para usar o 13º é com certeza eliminar dívidas e fazer suas reservas, investindo o recurso”, pontua. O especialista também lembra que não é preciso ter muito dinheiro para começar a investir. O perfil do Investidor Brasileiro, divulgado em abril pela B3, mostra que dos 223 mil investidores que ingressaram na B3 até março de 2020, 30% deles realizaram seu primeiro aporte com menos de R$ 500. No final de 2018 a média era de R$ 3 mil, sendo que 2019 baixou para R$ 2 mil e, no primeiro trimestre de 2020, chegou a 1.622. No entanto, Estrela argumenta: “é importante lembrar que com uma taxa de juros de 2% ao ano, investimentos tradicionais passam a perder da inflação e a busca por maior rentabilidade pode ocasionar perdas. Um assessor de investimentos que entenda o perfil e o momento de vida de cada cliente é essencial”.
Como melhorar as finanças pessoais durante a pandemia

Um dos impactos da pandemia no Brasil é na economia – inclusive no desemprego. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, a taxa de desocupação no país chegou a 13,7% na semana entre 19 e 25 de julho. Nos últimos quatro meses, cerca de 3 milhões de brasileiros perderam os seus trabalhos. Levando em conta o cenário atual, podemos adotar algumas medidas para economizar dinheiro e até mesmo conseguir uma renda extra. Assim, passaremos por este período com mais tranquilidade. A seguir, dou três dicas que costumo dar no meu curso de finanças pessoais na Udemy, o maior destino para aprendizado online do mundo, adaptadas para os tempos em que estamos vivendo. As dicas podem ser seguidas mesmo depois que a pandemia acabar! 1- Evite comprar online por impulso Quem passa grande parte do dia em frente a um computador sabe da tentação que são os anúncios que aparecem por toda parte, em qualquer site. Utensílio doméstico, pijama quentinho, notebook novo, tudo o que parece estarmos precisando neste momento em que passamos a maior parte do tempo em casa. Mas, as compras por impulso, sem planejamento, podem levar ao endividamento. Por isso, antes de fazer uma compra, é importante avaliar se ela é mesmo necessária. Outra recomendação é não parcelar as compras em vezes demais, especialmente para não pagar juros. 2- Aproveite a internet para comparar preços A internet também pode ser uma aliada. Para evitar ir a lojas físicas desnecessariamente neste momento, podemos comparar online preços de produtos que precisamos comprar, com o objetivo de pagar o menor preço. Uma ideia é fazer e manter atualizada uma lista de compras a serem feitas – assim, é mais fácil evitar adicionar itens supérfluos ao carrinho. 3- Tenha mais de uma fonte de renda Quem depende apenas de uma fonte de renda, como um emprego formal, está mais vulnerável neste momento. Criar uma fonte de renda extra pode ajudar a garantir mais segurança financeira e, ao mesmo tempo, melhorar as receitas mensais. Algumas ideias são dar aulas online, oferecer consultoria ou até mesmo transformar um hobby em negócio – ao vender artesanato ou comida, por exemplo. A pandemia impulsionou a passion economy, em que os indivíduos ganham dinheiro ao vender as próprias habilidades e o conteúdo que produzem. Rodrigo Bastos Monteiro é instrutor de finanças pessoais na Udemy. Um dos seus cursos é “Finanças pessoais + Tesouro Direto + matemática financeira”
A importância de ter uma reserva de emergência no contexto atual?

Sempre discutido nas finanças pessoais, esse ponto se traduz nas seguintes perguntas: Como está minha reserva de emergência? Qual seria o meu comportamento se eu tivesse uma boa reserva hoje? O cenário em 2019 Em 2019, a bolsa de valores acumulou alta de 32%, graças à entrada de novos investidores, principalmente, os do tipo pessoa física, no mercado de renda variável. O grande fluxo de compradores de ações fez com que a valorização se tornasse expressiva, especialmente, no último mês do ano. A taxa de juros Selic e a inflação em patamares historicamente baixos – os menores já vistos desde o Plano Real – justificou o comportamento de fuga dos ativos seguros e a procura por produtos financeiros que pudessem render mais, mesmo se apresentassem riscos e volatilidade mais elevada. A taxa de juros e inflação não são os únicos indicadores que fazem os investidores mudarem os hábitos de investimentos, principalmente, os da modalidade pessoa física, que sofrem mais com a assimetria de informações no mercado financeiro. As pessoas também precisam ter a sensação de confiança no cenário econômico para mudar o comportamento com os investimentos, e foi isso que ocorreu em 2019. O Credit Default Swap (CDS), derivativo que protege contra possíveis calotes de dívida e que funciona como termômetro para o risco-país, fechou 2019 em 99 pontos no Brasil, 52% de queda em relação a 2018 e foi o patamar mais baixo desde 2010. Outro indicador que quantifica a confiança do consumidor brasileiro e é fruto de pesquisas realizadas pela Confederação Nacional de Dirigentes e Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apontou melhora na percepção dos consumidores brasileiros frente à economia e ao futuro de suas finanças pessoais. O indicador varia de 0 a 100 e o número foi de 47 pontos em 2019 contra 45,8 pontos em 2018. Um indicador ainda negativo, mas em patamar mais otimista. O cenário de 2020 Apesar do ano de 2020 ter começado conturbado no mercado internacional, com o ataque norte-americano via drone de precisão, a um influente general iraniano, e as especulações sobre um possível entrave em relação à comercialização do petróleo no mercado mundial, o cenário trouxe também a atenção dos investidores brasileiros aos ativos de renda variável na bolsa de valores. Este momento ainda foi marcado por mais um corte na taxa de juros Selic pelo Banco Central, fazendo com que fevereiro fechasse em 4,25, o que por sua vez, reduziu ainda mais a rentabilidade de ativos mais seguros e que não apresentam volatilidade, como a renda fixa e a poupança. O que não era quantificado pela maioria dos investidores na bolsa de valores no começo do ano, principalmente, pelos iniciantes, era a possiblidade de uma pandemia que pudesse afetar economicamente todo o mundo. A atual crise enfatizou o temor do mercado financeiro em relação à recessão global, que já era questionada por especialistas em investimentos e economistas frente a algumas projeções que alertavam contrações nas atividades econômicas mundiais. A China já vivia um momento bem delicado devido à quarentena causada pela até então, epidemia de Covid-19, quando os investidores estavam se posicionando em renda variável na tentativa de remunerar melhor o portfólio de investimentos. Atividades econômicas totalmente estagnadas na China e que refletiam nos indicadores globais – justamente pelo país possuir grande relevância na economia mundial e hoje ser considerada a segunda maior potência financeira do planeta – eram um ponto de atenção, mas não tão importantes até aparecerem os primeiros casos de Covid-19 fora da China e o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a pandemia. Naquele momento, muitos investidores já tinham ignorado a reserva de emergência, que é aquela parcela do capital de segurança, que deve ser reservada para momentos de crises ou doenças. Esse valor também precisa ser alocado com liquidez e sem risco, ou seja, investido em ativos que não apresentem volatilidade e tenham um mínimo de garantia de crédito ou pagamento e resgate imediato – ou poucos dias úteis depois de sua solicitação –. A visão de muitos investidores do tipo pessoa física sobre a bolsa de valores, acabou sendo equivocada. Na tentativa de acelerar a rentabilidade do capital, ao invés de ter uma visão de longo prazo, muitos investidores, equivocadamente, não estabeleceram uma reserva de emergência, ou até mesmo, alocaram a reserva em ativos de alta volatilidade. Isso comprometeu o recurso e acabou apresentando desvalorizações altíssimas em março deste ano, devido a toda incerteza econômica causada pela pandemia. A Reserva de Emergência Ter uma reserva de emergência é ter comprometimento com a família, com os negócios e consigo mesmo. É em uma realidade como esta que estamos vivendo, que a reserva de emergência é necessária. É nesse momento que ela deve ser utilizada com sabedoria e consciência. É em momentos de incertezas como este, que as pessoas precisam utilizar o recurso da reserva de emergência para o consumo essencial ou salvar a solvência/saúde de uma empresa ou família. Comprometer essa reserva para investimentos que não são possíveis de se ter o resgate imediato ou que apresentam riscos de perda no resgate, não é inteligente. A reserva financeira, mais uma vez se provou necessária, mesmo em momentos de taxa de juros baixa, inflação controlada e visão mais otimista de um futuro melhor – como tínhamos no fim do ano passado e começo deste ano –. Ela deve ser pensada e alocada eficientemente pelo investidor em um portfólio de investimentos inteligente e saudável com diversificação e liquidez. Rodrigo Alcântara é economista e assessor de investimentos na Atrio Investimentos. Fonte: Naves Coelho Comunicação
Perda total ou em parte da renda mensal já atingiu 40% dos brasileiros

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a perda do poder de compra já atingiu quatro em cada dez brasileiros desde o início da pandemia. Do total de entrevistados, 23% perderam totalmente a renda e 17% tiveram redução no ganho mensal, atingindo o percentual de 40%. Quase metade dos trabalhadores (48%) tem medo grande de perder o emprego. Somado ao percentual daqueles que têm medo médio (19%) ou pequeno (10%), o índice chega a 77% de pessoas que estão no mercado de trabalho e têm medo de perder o emprego. De modo geral, nove em cada dez entrevistados consideram grandes os impactos da pandemia de coronavírus na economia brasileira. A pesquisa mostra também que o impacto na renda e o medo do desemprego levaram 77% dos consumidores a reduzir, durante o período de isolamento social, o consumo de pelo menos um de 15 produtos testados. Ou seja, de cada quatro brasileiros, três reduziram seus gastos. Apenas 23% dos entrevistados não reduziram em nada suas compras, na comparação com o hábito anterior ao período da pandemia. Consumo reduzido pós pandemia Questionada sobre como pretende se comportar no futuro, a maioria dos brasileiros planeja manter no período pós-pandemia o nível de consumo adotado durante o isolamento, sendo que os percentuais variam de 50% a 72% dos entrevistados, dependendo do produto. Essa tendência, segundo a CNI, pode indicar que as pessoas não estão dispostas a retomar o mesmo patamar de compras que tinham antes. Apenas 1% dos entrevistados respondeu que vai aumentar o consumo de todos os 15 itens testados pela pesquisa após o fim do isolamento social. Para 46%, a pretensão é aumentar o consumo de até cinco produtos; 8% vão aumentar o consumo de seis a dez produtos; e 2% de 11 a 14 produtos. Para 44% dos entrevistados, não haverá aumento no consumo de nenhum dos itens. Fonte: Agência Brasil
Cinco dicas para você pensar sua nova rotina de investidores do mercado financeiro

Muitos investidores, mesmo aqueles acostumados com uma certa volatilidade do mercado diante fatores internacionais que impactam diretamente o Brasil, devem acordar todo dia tentando entender o impacto do COVID-19 e como tudo isso vai terminar. Mas é preciso ter calma. Este documento apresenta cinco dicas para você pensar em sua forma de investir e sair melhor dessa crise. Antes de mais nada, vamos contextualizar: podemos fazer uma breve introdução de onde tudo começou, a China. Alguns especialistas estimam que a perda no PIB chinês deve ser em torno de $ 2,7 trilhões, menor em questão de valor comparada ao PIB anual do Reino Unido. Em termos percentuais significa uma retração econômica de 30%, sendo 80% da indústria e 24% nos investimentos em ativos fixos. Seguindo com mais suposições analíticas, esperamos uma redução de 2 a 4% no trimestre chinês. Tudo isso tem uma relação direta com os investimentos feitos ao longo do ano. A China representa 30% do crescimento mundial e nada melhor que ela, que após 58 dias de quarentena, vem retomando as atividades e com números que podem ajudar a entender o que será o futuro mundial. Há estimativas que o PIB Global não deve apresentar nenhum crescimento para este ano, com direito a retrações dos EUA e Brasil. Li recentemente em um artigo de um especialista em investimentos, e assim vamos começar: “Aperte o cinto e respire fundo”. Aqui coloco cinco dicas para você repensar a forma de investir e sair melhor dessa crise: 1. Tenha sua reserva de emergência Agora você entende porque é necessário. Os 20% por mês que você deve guardar e ter pelo menos seis meses dos seus custos fixos alocados em investimentos de fácil resgate. Provavelmente, é momento de utilizar o valor, irão sobreviver aqueles que foram disciplinados. Em uma semana o governo editou uma MP dando poder às empresas de suspender salários por até quatro meses de seus funcionários. A justificativa foi: não teremos demissão em massa. Ainda bem que foi revogada um dia depois, mas como você sobreviveria com as contas que teria nesses meses? Justamente por ser um momento preocupante é importante ter uma reserva de emergências disponível. Se eu fosse você, depois que o furacão passar, colocaria esta primeira dica como nota de cabeceira. 2. Rebalanceie seus investimentos Agora está na hora de encontrar oportunidades, e não problemas com as perdas. Se você já é um investidor, pense em uma nova estratégia. Faça uma análise de onde foram suas maiores perdas e exposições. O padrão moderado é 25% de renda fixa, 25% de renda variável, 25% de fundos imobiliários e 25% em dólar. Verifique cada percentual de alocação e respectivamente a perda neste período. Faça um balanço inteligente do seu dinheiro. 3. Para quem aceita um pouco de risco, chegou a hora da “promoção” Para alocar em renda variável ou em dólar, vai exigir estômago. Mas pode ter certeza que os preços, até três meses atrás estratosféricos, estão bem mais atrativos. Em um momento de crise o mercado fica mais balanceado. O que estava totalmente fora de mercado cai mais, aquele que possui caixa e se adequou ou superou a crise, em poucos meses sairá dessa numa melhor. Analise criteriosamente as estratégias das empresas e não perca a oportunidade de poder ser sócio de uma empresa bem estruturada que possui expectativa de crescimento. 4. Rentabilidade passada não garante desempenho futuro É sempre bom verificar o histórico, mas utilizar isso como especulação de ganhos futuros pode ser o maior mito já escutado no mercado financeiro. O histórico serve para analisarmos os picos de queda e ganhos, que alinhados às tomadas de decisões do fundo, ou ação, podem esclarecer o que esperar do futuro. Por exemplo, quais foram os picos de uma empresa como a Apple, em suas quedas o que ela fez para mudar, crescer novamente e, ainda mais, como ela está trabalhando para se manter e crescer no futuro? Pense que empresas que não se adaptam à realidade atual podem ficar para trás. Vimos grandes como a Oi, Gol e a Macy´s sofrendo com o mercado competitivo e ainda avessas à grandes mudanças e melhorias. Por mais que elas demonstraram em certas épocas que poderiam ser a melhor dentro dos seus mercados, não é isso que analisamos hoje. 5. Priorize parte da sua carteira em uma moeda forte, mesmo na alta: invista em dólares. Ainda que o valor esteja alto hoje, é um bom investimento desde que estava na casa dos R$ 3.50. O investimento em dólar precisa ser analisado como uma forma de concentração do seus investimentos em uma moeda que não se desvaloriza tão facilmente mediante qualquer impacto político, econômico, social ou de saúde internacional. Mesmo com a queda do mercado americano, qual foi a única moeda que se valorizou cada dia mais diante das outras? Imagine se você tivesse uma previdência em dólar de 10 anos. Começou pagando R$ 2,50 de conversão na anualidade e agora a R$ 5,00. Ao longo de 10 anos, vamos dizer que a média foi de aproximadamente R$ 3,70. Nunca deixe para depois o que você pode fazer hoje. As oportunidades estão aí, mas é preciso apertar o cinto e pensar cuidadosamente sobre as suas decisões. Sobre a Autora Bruna Allemann – economista e especialista em investimentos internacionais. Com um currículo traçado nas áreas de finanças, crédito e investimentos de bancos nacionais e empresas de comércio exterior, são mais de 10 anos auxiliando seus clientes nas melhores formas de investir e consumir as linhas bancárias disponíveis no mercado internacional. Atualmente é diretora de uma das maiores empresas de real estate e investimentos do mercado americano, auxiliando os brasileiros a investir, imigrar e empreender em solo internacional.
A real importância do capital de giro para fechar caixa no azul

Muitos microempresários encontram dificuldades em saber enxergar a importância do capital de giro para manter negócio ativo e, em alguns casos, acaba fechando as portas devido à falta de planejamento e falta de conhecimento em manter esse capital para tocar o negócio porque não tem controle do que entra em caixa e do que sai. De acordo com o Sebrae, o capital de giro é o dinheiro necessário para dar continuidade ao funcionamento da empresa garantindo a saúde financeira do negócio. Ele é responsável por manter o estoque; recursos de financiamento aos clientes (nas vendas a prazo); assegurar o pagamento aos fornecedores, como compra de matéria-prima ou mercadorias de revenda, bem como salários, impostos, entre outras despesas operacionais. Henrique Mol é diretor executivo da Encontre Sua Viagem, rede de franquias com foco em serviços de turismo, conta que aconselha sempre os franqueados a terem uma sobra de caixa para eventuais despesas até que o fluxo de vendas dê início. “Para ter controle de tudo que ocorre no negócio é necessário um bom planejamento, detalhando os gastos a curto prazo e também a longo prazo. Por se tratar de algo novo, que está começando, as pessoas esperam ter retorno rápido e, muitas vezes, isso não acontece. São inúmeras razões que fogem do controle do empresário para ter a quantia exata para pagar as contas no final do mês. Por isso, a necessidade de ter um dinheiro extra, um caixa para cobrir essas necessidades que demandam o negócio”, afirma o empresário. O executivo cita como exemplo de quem está começando uma operação de agência de viagem onde a venda de um pacote foi parcelado em 10 vezes, com a primeira parcela para daqui 60 dias. No próximo mês ainda não haverá faturamento em cima dessa venda, ou seja, não é possível trabalhar com esse valor. Daí a importância de ter um dinheirinho em caixa para fechar o mês no azul, e assim, o empreendedor não ficar “apertado” para pagar a conta de luz, telefone, internet, entre outros gastos. Somando pontos O Sebrae lista algumas dicas muito interessantes para quem busca abrir o negócio e ter muita cautela quando o assunto é dinheiro: · Disciplina: Essa é a palavra-chave para tudo na vida, inclusive nas finanças. Não use o dinheiro do capital de giro para cobrir alguma despesa para depois repor a quantia quando entrar dinheiro em caixa. Seja rigoroso com o controle financeiro do seu negócio para evitar qualquer tipo de problema e arriscar o seu empreendimento; · De olho no peixe: Identifique custos que podem ser diminuídos e corte-os. Muitas empresas fecham as portas pela má administração do capital. Observe com atenção tudo que pode ser diminuído e aplique no dia a dia. Seja firma no seu propósito; · Negociação: Verifique as melhores formas de pagamento com fornecedores, como à vista conseguir descontos e que caiba no planejamento do capital de giro ou aumentar o prazo para pagamentos e ficar mais confortável; Henrique acrescenta ainda que o ideal é que o aspirante a empreendedor garanta um capital de seis meses a um ano, ou ter o valor até que a empresa se consolide no mercado. Sazonalidade No franchising, o uso do capital de giro não é diferente. Muitos acreditam que para abrir uma franquia é necessário apenas o investimento inicial. Ledo engano. Para manter o empreendimento ativo é necessário a somatória do valor da taxa de franquia, taxa de instalação, e claro, do capital de giro. Na Encontre Sua Viagem, por exemplo, o modelo de negócio home office é equivalente a R$11.990 mil. Desse valor, R$9.990 é da taxa de franquia e o restante do capital de giro. Neste caso, não existe taxa de instalação, já que o negócio é conduzido em casa. O sistema loja física é um pouco diferente. O valor de investimento deste é de R$45.600,00. Deste total, a taxa de franquia é de R$15 mil, a taxa de instalação R$15.600,00 e o capital de giro R$15 mil. Com o mercado promissor, hoje o brasileiro não vê mais o turismo como artigo de luxo e sim a oportunidade para relaxar e descansar a mente e o corpo em um lugar que remeta esse prazer. Por isso, algumas épocas do ano costumam ser mais promissoras que outras, como é o caso dos meses de junho e julho e de dezembro ao final de janeiro, devido as férias escolares da criançada as famílias buscam viajar mais. “É nesses períodos que é possível garantir um fôlego financeiro maior para aqueles períodos que podem ser um pouco mais fraco nas vendas. Todo mercado está sujeito a épocas de recessão e o capital de giro entra para fazer a diferença para manter as contas no azul em caso de que o faturamento não seja suficiente para pagar as despesas”, conclui Mol. Sobre a Encontre Sua Viagem Sob o comando do empresário Henrique Mol, a Encontre Sua Viagem nasceu no final de 2011, em Belo Horizonte (MG). A franquia especializada em turismo possui mais de mil parceiros, contemplando 150 mil opções de hotéis e cerca de 95% de todas as companhias aéreas do mundo. Tem atuação por todo o Brasil por meio de 400 franqueados.
Cinco dicas para organizar as finanças no início do ano

O ano começou e, com ele, os tradicionais impostos como IPTU e IPVA, além de materiais escolares e gastos adicionais adquiridos nas festas de fim de ano. Segundo especialistas, este também é o período ideal para estabelecer novas metas e planos. Segundo levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL), em 2018, apenas 9% dos brasileiros tinham condições de pagar as despesas do início de ano com recursos próprios. Além disso, 11% dos entrevistados não tinham nenhum planejamento financeiro para custear essas contas. Porém, 31% da população conseguiu economizar ao longo do ano para arcar com as despesas do primeiro trimestre. Contudo, a grande maioria ainda não tem o costume de se programar para as despesas extras. Pensando nisso, o professor da Educação a Distância da Unicesumar especialista em finanças, Silvio de Castro, dá cinco dicas que podem ajudar a organizar os gastos neste início de ano. 1. Entenda as finanças Um bom planejamento financeiro inclui mapear as despesas. No início do ano isso fica mais fácil, mas é algo que deve se estender ao longo dos demais meses. Também é importante mapear os gastos essenciais, mas que variam de acordo com o consumo, como contas de luz e de gás. É importante estar atento porque esses gastos fixos podem sofrer reajustes e mudar. Planilhas e aplicativos podem auxiliar nesse processo de mapeamento e entendimento dos gastos fixos e esporádicos. Para estabelecer um planejamento financeiro, é preciso compreender exatamente como funciona a entrada e saída do dinheiro. É comum que muitos não atentem ao montante recebido como rendimentos no mês. Entender o valor líquido, além das despesas com cartão de crédito, cheque e especial e afins é importantíssimo. Com essas informações, é possível desenhar um planejamento que mostre a linha do tempo das entradas e saídas. 2. Eleja prioridades Existem gastos inevitáveis e opcionais. No caso dos inevitáveis e/ou não programados, identifique qual é a melhor forma de pagamento. Os impostos de início de ano são exemplos disso. Vale avaliar se o benéfico de pagar o IPVA e IPTU à vista, por conta dos descontos concedidos, pode ser interessante ou não. Caso não seja, inclua as parcelas na programação mensal, atentando às demais despesas fixas. 3. Elimine gastos invisíveis Alguns gastos passam despercebidos, quase invisíveis, ao longo do mês. Identificar taxas ou serviços ajuda a reduzir despesas que até podem ter baixo custo mensal, mas fazem diferença quando colocados na ponta do lápis em longo prazo. Aqui, mais uma vez, uma planilha ou um aplicativo podem ser bem-vindos. 4. Atente à compulsão Muitas pessoas compram por impulso ou por serem viciadas. Para ajudar a ter uma saúde financeira satisfatória, uma dica é trocar os passeios no shopping por parques ou museus. Além disso, quando realmente precisar comprar algo, opte pelas lojas físicas, já que muitos e-commerces têm se mostrado mais tentadores pelos preços e condições. E, não menos importante, antes de adquirir algo, vale a pergunta: “eu realmente preciso disso”? Diante de promoções e liquidações, normalmente esquecemos essa reflexão e criamos gargalos no orçamento. 5. Faça reservas e invista Uma boa dica é reservar recursos durante todo o ano, além de cuidar com gastos excessivos ou demais despesas. É importante ter uma reserva de emergência, ou seja, é fundamental poupar – ainda que pouco – durante todos os meses do ano. Ainda que não exista o hábito, calcular o custo mensal auxilia na definição do montante a ser reservado. Ao reduzir gastos desnecessários, fica mais fácil buscar diferentes tipos de investimentos. Eles podem ajudar, inclusive, a arcar com as despesas do início do ano. Neste caso, é possível utilizar reservas existentes, além de rendas extras, como 13º salário e restituição de imposto de renda.
Como se tornar um investidor?

Diariamente, me deparo com muitas pessoas se questionando sobre suas finanças pessoais. Algumas dizem que não conseguem organizar suas dívidas, conciliando a receita com as despesas mensais. Outras afirmam a falta de dinheiro, e até mesmo de interesse, para investir. A verdade é que provavelmente essas mesmas pessoas não pararam para pensar que o dinheiro não é a causa de seus problemas, mas sim a consequência do desconhecimento de como lidar com ele. Digo isso porque a população, em sua maioria, tem como costume trabalhar, receber seu dinheiro e pagar suas contas, de modo que, quanto mais recebem, mais gastam. Poucas buscam ter qualquer conhecimento sobre suas finanças pessoais para se organizar e ter controle sobre seu orçamento. Diante deste contexto, para quebrar esse ciclo de desordem financeira, a melhor forma, com toda a certeza, é utilizar o bem que todos nós temos de mais precioso, não importa qual a classe social ou o lugar em que moramos. O tempo! Todos nós possuímos este elemento para absorver o que há de melhor para nossas vidas. Então, por que não utilizá-lo a nosso favor? Levanto esta questão pois dia após dia vejo as pessoas reclamarem que faltam recursos para aplicar no mercado financeiro, queixando-se que as contas não estão fechando no final de cada mês. No entanto, passam horas jogando no celular, checando suas redes sociais, assistindo TV, séries, etc. Por que não utilizar o tempo para aprimorar nosso conhecimento? Afinal, não é possível usar os seus momentos de ócio para fazer atividades que te trarão algum retorno para a vida, seja financeira, física ou intelectual? Além disso, que tal passar mais tempo ao lado das pessoas de quem você gosta? Digo isso por experiência própria, pois qualquer mudança que queiramos ter em nossas vidas só serão possíveis através da nossa força de vontade, da persistência e, principalmente, da nossa resiliência. Deste modo, é imprescindível parar e pensar: o que estamos ganhando com nossas escolhas? E principalmente, antes de pensar investir em dinheiro, por que não aplicar nosso tempo? Que tal começar hoje a fazer algo que possa, de fato, fazer a diferença na nossa vida de amanhã? A reflexão é o passo inicial! Sobre a Autora Vivian Vieira é Coach de Transformação Financeira e Finanças Pessoais. Idealizadora do projeto Riqueza em Família, a profissional busca apoiar pessoas a fazerem seus projetos de vida e atingirem seus objetivos através das melhores técnicas e ferramentas de coaching.